13 de junho de 2014

Pelo direito de ser 1

Ainda em clima do dia "de declarações públicas de afeto", vou dedicar meu post a um assunto que não me pertence há um bom tempo, mas que ainda me considero letrada: namoro...serve pra casamento, rolo e afins.

É muito comum dizermos que fulano sumiu quando começou a namorar ou que ciclana mudou muito por influência do namorado. Eu não sou a favor da pessoa se anular e partir com mala e cuia pra bolha rosa da paixão, mas sou a favor do direito que a pessoa tem de querer se adaptar para fazer dar certo.

Afinal, entre os itens indispensáveis para um relacionamento de sucesso está a concessão. Você cede daqui, ele abre mão dali...e, quando for algo imprescindível para os dois, encontram um meio do caminho.

Já vi mulher sendo criticada porque não corta o cabelo joãozinho porque o namorado não gosta. Primeiro existe um caminho bem grande entre "não gostar" e "proibir" e, segundo, se você já esteve em algum relacionamento algum dia, sabe que deve escolher suas batalhas. É simples assim: você não liga pra ter cabelo comprido, ótimo, viveram felizes para sempre. Se você não tem saco pra cuidar e odeia todos os dia sua imagem no espelho, exponha seus motivos (PASMEN, ninguém tem bola de cristal) e corte. Se o indivíduo não é capaz de respeitar algo tão importante, não é a sua metade da laranja.

Então, sinta-se livre para adaptar-se o quanto quiser até virar um só (rs), desde que esteja feliz. Só não confunda as coisas. Eu digo com conhecimento de causa que é possível virar outra pessoa sem nem perceber. No começo pelo amor, depois pelo medo...medo de perder, seja o namorado, seja a dignidade. No meu ano negro eu fiz e aceitei coisas que, quem me conhece hoje (ou antes dele) demoraria para acreditar.

Para nós, expectadores externos, resta tentar não atirar a primeira pedra.

Não vou negar, eu torço o nariz pra muita coisa que eu critico que outros o façam. huahauhua. Não é hipocrisia, é só um lapso até que eu perceba que a vida não é minha e tente parar de julgar. Aceitar não é necessariamente concordar e muito menos fazer igual. É um exercício bem mais difícil do que parece.

Beijos,
Betty.